CXC de Curitiba vence apertado na segunda Rodada do Clubs League
O Clube de Xadrez de Curitiba ganhou um match bastante apertado contra a equipe argentina do Club Jaque Al Rey pela vantagem mínima possível: 10,5 a 9.5.
A equipe de Corrientes levou grande vantagem na pontuação dos primeiros tabuleiros, contando com os MI's Nahuel Díaz Hollemaert e MI Mauricio Jimenez, MF Daniel Pérez. O CXC descontou e virou nos tabuleiros da metade baixa, demonstrando uma homogeneidade que foi fundamental para a vitória.
Os MF's Frederico Matsuura, Bolivar Gonzalez e William Cruz fizeram fundamentais 6-0 para obtermos a vitória do CXC.
Neste post vamos prestigiar os integrantes do time apresentando-os para os leitores do nosso blog com uma pequena entrevista.
Neste post temos William Ferreira da Cruz, Mestre Fide e Jornalista e redator do site do GM Rafael Leitão: www.rafaelleitao.com, 30 anos, mora em São José dos Pinhais-PR (Região metropolitana de Curitiba) e frequentador de eventos do CXC há muitos anos.
Principais conquistas como jogador
Campeão Paranaense Absoluto 2013
Vice-Campeão Paranaense Absoluto 2016
Campeão Paranaense Juvenil 2009
Maior Rating Fide: 2.309 (fevereiro 2017).
Principais conquistas como técnico
Campeão dos Jogos da Juventude do Paraná – 2014 e 2018
Campeão dos Jogos Abertos do Paraná – 2015
Penta - Campeão do Campeonato Paranaense de Menores – 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019.
Campeão do Festival Nacional da Criança (FENAC) - 2018
1- Como tem sido jogar xadrez online nesta pandemia?
William: Até então, eu nunca fui um adepto tão assíduo do xadrez online, mas agora, diante das circunstâncias, sem dúvidas isso aumentou.
2- Tem conseguido estudar Xadrez?
W: Uns dias antes da pandemia estourar no Brasil, eu comprei o livro “School of Chess Combinations, Tatical Play”, do Mark Dvoretsky. Sinceramente, eu não acreditava que o livro iria chegar, porque ele viria da Inglaterra, mas para a minha surpresa, ele chegou e eu fiquei muito contente.
Sobre o fato de estudar xadrez, eu não tenho estudado nos últimos tempos. Estou sem tempo devido aos novos compromissos profissionais que assumi nos últimos meses.
3- Se tem estudado, o que lhe tem parecido mais agradável de estudar e porque ?
W: No pouco tempo livre que tenho, assisto os vídeos do canal no Youtube do GM Carlos Garcia Palermo, “La construcion del jugador de ajedrez”. Além de ser um gentleman, Palermo tem um conhecimento muito profundo sobre xadrez e eu sempre aprendo algo com seu conteúdo.
4- Qual a sua opinião sobre o papel do xadrez online depois que acabar o confinamento?
W: Em princípio, acho que vão fazer mais torneios online entre os jogadores de elite, afinal, a audiência desses torneios tem sido positiva. Mas para os demais jogadores, já não sou tão otimista. Ainda é preciso avançar mais na discussão de como evitar o uso de engines.
5- Quais tem sido as vantagens e as dificuldades ao jogar online ?
W: As vantagens são evidentes: o gasto de tempo no evento, a abrangência de participantes de várias regiões, a possibilidade de manter-se ativo mesmo durante a pandemia. Sobre as dificuldades, creio que o nível de concentração não é o mesmo se comparado com uma partida olho no olho.
6- Tem alguma meta para o seu Xadrez pós-pandemia?
W: A princípio não, as prioridades do momento são outras, mas como disse um jogador famoso (que não lembro agora) no passado: “o xadrez é uma amante que sempre podemos recorrer para aliviar nossas dores”.
7- Para finalizar, pode dar alguma dica de livro, material ou forma de estudar para os leitores do Blog?
W: De modo geral, é preciso treinar tática todos os dias, afinal, ninguém melhora sem fazer muito cálculo. Sobre os livros, a coleção “Tratado Geral de Xadrez”, do Roberto Grau, me causou uma impressão muito positiva. Os cursos da Academia do Rafael Leitão também são muito bons, eu mesmo já ganhei algumas partidinhas com eles.
No próximo post trarei uma partida interessante que joguei nesse difícil match.
Até lá!
