Livro “Xadrez Básico”, de Orfeu Gilberto d’Agostini
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Livro “Xadrez Básico”, de Orfeu Gilberto d’Agostini

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Resumo

Esse manual de xadrez, publicado pela Ediouro, com 596 páginas, foi escrito pelo médico e enxadrista Dr. Orfeu Gilberto d’Agostini, e apresenta os capítulos “Noções preliminares e regras do xadrez”, “Os finais”, “Elementos de combinação”, “As aberturas” e “Temas posicionais de meio jogo e final — partidas de mestres”.

Regras básicas

No primeiro capítulo, são apresentadas as regras do xadrez, a colocação inicial das peças no tabuleiro, os movimentos e capturas de cada peça, os valores relativos, os significados de xeque e de xeque-mate e os tipos de empate possíveis no jogo. Também apresenta um pequeno dicionário com as definições de alguns termos técnicos do xadrez.

O livro ainda adota a notação descritiva para dar exemplos de partidas, sendo a notação algébrica a mais comum hoje em dia. Exemplos de partidas são dados desde o capítulo inicial, junto a alguns conselhos para os iniciantes: na abertura, desenvolver as peças e agir no centro do tabuleiro; depois, interpretar a intenção de cada lance do adversário para evitar surpresas e fazer lances que tenham uma finalidade, seja ela estratégica, dentro de um plano mais amplo, ou tática, que resulte numa vantagem imediata.

O capítulo termina com considerações acerca das diferenças entre a Escola Antiga e a Escola Moderna de xadrez. Enquanto a Escola Antiga, desenvolvida pelos mestres do Renascimento, investia em ataques diretos e fulminantes contra o rei adversário, depois que as refutações para esses ataques tornaram-se conhecidas, a Escola Moderna, a partir do século XIX, passou a considerar o ataque ao rei como a culminação de um paciente jogo estratégico. Para o livro, os iniciantes são, instintivamente, adeptos da Escola Antiga, mas devem aprender a importância da estratégia.

Fases da partida e a importância dos finais

No capítulo seguinte, são apresentadas as fases de uma partida de xadrez — a abertura, o meio jogo e o final. O autor considera o final de jogo como a parte mais bela, e também a mais difícil, pois exige conhecimento teórico, atenção contínua e bom cálculo. Nos finais, após muitas trocas, as peças encontram-se reduzidas e os reis adquirem muito mais atividade, escoltando peões em direção à promoção e colaborando no cerco e morte do rei inimigo. O autor observa, então, a importância fundamental que os reis e os peões ganham nos finais, e afirma que a estrutura de peões dita a estratégia a seguir.

Antes de abordar os finais de reis e peões, o livro descreve os mates elementares, que são situações em que um dos lados (brancas ou pretas) possui apenas o rei sobre o tabuleiro. Para poder forçar o xeque-mate contra o adversário, o outro lado deve possuir, no mínimo, uma dama, uma torre, dois bispos ou um bispo e um cavalo. Em seguida, o autor ensina a aplicar o mate em cada um desses casos.

Ainda no mesmo capítulo, o livro trata dos finais de reis e peões, da “regra do quadrado”, do conceito de oposição e dá numerosos exemplos. Em seguida, trata dos finais de torres e peões, justificando sua importância pelo fato de as torres serem, geralmente, as últimas peças a entrarem em jogo, fazendo com que esses finais se tornem notavelmente comuns. O livro cobre o básico sobre o assunto, e dá exemplos extraídos de partidas de mestres. O capítulo sobre finais termina com algumas considerações gerais sobre alguns finais diversos.

Táticas

No terceiro capítulo, sobre elementos de combinação, o autor aborda as táticas, sequências curtas de lances que, ao final, resultam (de maneira forçada) em uma vantagem imediata para quem executou (a tática). São abordados diversos temas táticos acompanhados por exemplos. O estudo dos temas apresentados é importante para facilitar o reconhecimento de oportunidades que surgem no decorrer das partidas, bem como para saber como aproveitá-las.

Aberturas

O capítulo seguinte é sobre aberturas, a fase inicial de uma partida, em que peões são movimentados para desalojar as peças, estas são colocadas em ação, o centro do tabuleiro é controlado e, na maioria dos casos, o rei é colocado em segurança por meio do roque. Estes princípios básicos são explicados no livro. Assim como o conceito de “tempo”, relacionado ao aproveitamento dos lances. Desde a abertura, devemos fazer sempre lances úteis e que atendam aos princípios básicos do xadrez, evitando lances desnecessários que não contribuam com o jogo e causem desvantagem (o que seria uma perda de tempo para nós e um ganho de tempo para o adversário). Em seguida, o livro apresenta as principais aberturas divididas por lance inicial, e faz breves comentários sobre cada uma.

Partidas analisadas

Finalmente, no último capítulo do livro, encontram-se partidas de mestres analisadas, com destaque para as duas últimas fases do jogo — o meio jogo e o final. O capítulo é útil para acostumar os estudantes com o estudo de partidas do passado, de grandes jogadores, a fim de extrair delas lições e formar uma cultura enxadrística.

Parecer

O livro trata-se de uma excelente introdução ao jogo de xadrez. Pelo fato de começar com as regras mais elementares, pode ser o primeiro livro sobre o assunto que alguém lerá em sua vida. Mas vai além, encaminhando o estudante para um estudo mais aprofundado, inclusive com indicações de leituras.

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Billy